quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Achiganices...

Como as imagens falam por si, deixo uma compilação de fotos das minhas pescarias ao achigã, com alguns companheiros do costume nestas "lides".

Chamo a atenção para o facto de que TODOS OS PEIXES FORAM LIBERTADOS!!!
Só assim poderemos continuar a usufruir deste nosso hobby e desta forma, garantir que as futuras gerações tambem possam passar momentos tão maravilhosos como os que se seguem
































Robalo ao Sal

 Boas meus amigos,Aqui fica uma receita que é das mais simples de confeccionar com qualquer peixe mas tambem a que conserva mais o verdadeiro sabor do peixe.
Neste caso é um Robalo mas pode ser qualquer outro peixe (Dourada, Pargo, Sargo, etc...)



1º - Amanha-se o peixe abrindo apenas um buraco na barriga de forma a tirar as tripas (as guelras ficam no peixe, não faz mal nenhum!)
ATENÇÃO: Não se tira a escama!!!
 2ª - Cobre-se o fundo de um tabuleiro de ir ao forno com uma fina camada de sal grosso de cozinha

3º - Coloca-se o peixe no tabuleiro, tendo cuidado para que o buraco da barriga fique fechado para que não entre sal para dentro do peixe

4º - Cobre-se o peixe totalmente com sal e vai ao forno previamente aquecido entre os 220ºC e os 250ºC durante cerca de 35 a 40 minutos
(este tempo pode variar conforme o tamanho do peixe, neste caso os 40 minutos para um robalo de kilo chegam perfeitamente, peixes maiores 2 - 3 Kg pode ir até cerca de 1 hora)

6º - Tirar do forno e retira a camada de sal que nesta altura já é uma couraça rígida e que é necessário partir

Aspecto depois de retirado do sal

7º - Com cuidado, e com a ajuda do biquinho de uma faca, retirar a pele que sai inteirinha

 Servir acompanhado a gosto, com batatinhas, arroz, ou salada e um branquinho ou rosé GELADO!!!

BOM APETITE!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A minha primeira Corvina


Partilho agora a história de uma captura que me deu um gozo especial
Em agosto passado, durante as férias por terras algarvias, enquanto os “rebentos” dormiam a sesta, peguei na caninha de spinning e na sacola das amostras e fui até ao molhe da “Ponta da Areia” na foz do Guadiana.
A meio da tarde e com o sol quase “a pino” as prespectivas , teoricamente, não seriam as melhores mas há que tentar e pelo menos passar um bocadinho a matar o vício.
A maré vazava e a corrente fazia-se sentir com bastante força
Procurei uma aberta grande entre os mutos pescadores que pescavam ao fundo, de modo a que não os incomodasse a eles e eles não me incomodassem a mim na minha azafama de lançar  e recolher amostras.
Como o local é profundo, resolvi optar por um vinil, montado com um cabeçote de chumbo, de forma a conseguir pescar mais junto ao fundo.
A água apresentava-se um pouco tapada e com suspensão devido à forte corrente. Escolhi então um “fluke” da ZOOM numa cor amarela berrante para se tornar visivel.

1º lançamento, esperei um pouco que a amostra afundasse (embora com a corrente, fosse impossível sentir o fundo), começei então a animar a amostra com uns toques "longos" a fazer a amostra levantar e deixando-a cair novamente, numa dessas quedas.... PUUUUUMMMMM !!!! cabeçada violentíssima, seguida daquele maravilhoso ZZZZZZ....ZZZZZZZZZZZZ.........!!!!! que é musica para os nossos ouvidos.
O peixe fazia uma força brutal, e ajudado pela corrente, pior ainda!
Para ajudar à festa estava com uma caninha muito leve, a Hart Bloody Lite de acção média com um CW de 15-40g.
 Cheguei a temer que a cana não aguentasse mas esta portou-se à altura
A luta não era a de um robalo, não dava as cabeçadas caracteristicas destes, em vez disso, o peixe corria e puxava com muita força.
Imaginei que deveria ser uma corvina, mas como nunca tinha apanhado nenhuma, só podia mesmo imaginar, porque não tinha termo de comparação.
Atráz de mim começavam a juntar-se uma pequena multidão de outros pescadores e curiosos e podia ouvir os comentários:
"olha este tráz peixe!... e é bom"

Ao fim de uns 10 minutos de puxa, para cá puxa para lá, o peixe começou a ceder e lá consigo ver um vulto prateado com aqueles brilhos cor de cobre.
O peixe estava vencido e la consegui encalha-la numa pedra e deitar-lhe a mão à guelra.
Estava a pesca feita e logo ao primeiro lançamento.
A minha pequena audiencia aplaudia e felicitava-me pela captura

Ainda lá fiquei mais umas 2 horas, mas nem mais um toque
Até à proxima!

Robalos do Tejo

Ultimamente o Tejo tem-me dado algumas alegrias.
Desde há umas semanas para cá tenho investido algum tempo a procurar os “labrax’s” dentro do estuário e com algum sucesso.
Como ainda não tenho sonda no “XÔC”, a prospecção tem que ser à antiga, com atenção aos sinais das aves, às linhas de turbolencia na água causadas pelos encontros de correntes e alterações nos fundos, aos ataques dos predadores a peixes mais pequenos, etc... e com muito bater de terreno ao trolling até dar com eles.
Vou então fazer um pequeno resumo das minhas ultimas saídas

1ª Saida – A Descoberta.
Um soalheiro dia do inicio de outubro, na compania do marujo Marco Cruz, saímos só a seguir ao almoço devido a alguns “afazeres” matinais.
O objectivo era fazer alguns lances com amostras de vinil em busca de alguma corvina que ainda andasse por ali e tambem fazer um bocado de trolling para o que desse e viesse.
Depressa nos fartamos do, até então infrutífero, “light jigging” com vinis (que sem uma sonda se torna muito mais complicado) e largamos duas linhas à popa, para ver se ao trolling tinhamos mais sorte.
A certa altura, e ao passar junto a um cabeço onde as gaivinas andavam atarefadas, PIMBA! Aí vem o primeiro para o saco.
Sorrizo de orelha a orelha, meia volta e nova passagem no mesmo sítio e desta vez, PIMBA! PIMBA! Um peixe em cada cana. Um deles sem medida foi devolvido e mais um para o saco.
Como o sítio prometia, não valia a pena andar a gastar gasolina e a perder tempo. Ferro no fundo e spinning para cima do “Hot Spot”.
O resultado final foram 6 peixes capturados e mais uns quantos devolvidos por serem “menores de idade”



2ª Saida – A Confirmação
Animados pelas capturas da ultima pescaria, e como equipa que ganha não se mexe, rumamos directamente ao “sítio maravilha”.
Para saber se eles andavam lá, fizemos uma primeira passagem ao trolling e para nossa alegria, BINGO!!  Eles estavam lá!
Novamente ferro para baixo e vai de fazer lançamentos para cima deles. Em pouco tempo 3 peixes e depois.... nada!
Tinham-se ido embora.
Desta vez nem gaivinas havia para nos alegrar.
Ferro para cima e mais umas voltas ao trolling. Sem sucesso!
Já decididos a voltar para casa, uma ultima passagem em cima do “quintal” a caminho da doca. Para nossa alegria eles tinham voltado.
Novamente fundeamos no local e a coisa compoz-se.
Foi mais uma horinha a dar neles e até deu para fazer uma dupla no Xalavar







3ª Saida – Mais-valia
“Mais-valia” ter ficado a dormir!
Desta vez, para alem do marujo do costume, foi tambem o “nosso menino”, o Ruizinho, armado em aspiranta a pescador.
Ao contrário das vezes anteriores, a maré era de lua, com uma grande amplitude e já vazava há mais de 2 horas quando o sol nasceu e nos fizemos ao rio.
Tinha chovido muito durante a semana e a água apresentava aquela côr de...
... lama!
Sem perder tempo fomos direitinhos ao “ninho”. A água corria muitíssimo e a maré vazava muito rápidamete. Quase se via a água a desaparecer.
De todos os lados apareciam centenas de apanhadores de ameijoa que se amontoavam em tudo o que é cabeço e linguas de areia e lodo e impunemente exerciam a velha arte do “rapa tudo o que puderes e vai vender pela surra porque nesta terra ninguem fiscaliza e assim tás mesmo à vontadinha”
Apenas saiu um peixe para que a saída não fosse um desatre completo.



4ª Saida – Não é como começa, mas sim como acaba!
Com a maré novamente de feição e depois de um interregno de algumas semanas devido ao mau tempo, e apesar do nevoeiro, voltamos ao local abençoado.
A maré ainda muito cheia não descobria ainda o cabeço, pelo que resolvemos fazer umas passagens ao trolling para prospecção.
Às tantas lá saiu um peixito que nos alegrou mas durante pouco tempo. Apesar de muita insistencia ao fim de cerca de 3 horas, ainda só tinhamos um peixe e a coisa não parecia nada bem encaminhada.
Ainda por cima, para ajudar à festa, fomos abordados pela lancha da PM, a avisar que não podiamos pescar a menos de 500 metros de um navio que se encontrava encostado, porque se tratava de um navio de produtos quimicos. ...”e já agoraaa.......” mostra lá os documentos todos, e a licença, e a palamenta, e o selo do extintor, etc...
OK, tudo bem! Estavam a fazer o trabalho deles e como tal respeito-os.
... mas porque é que não os vejo lá noutras alturas????? ...principalmente naquelas alturas em que as infracções e os infratores são às centenas, ou mesmo aos milhares e à vista de toda a gente???
Esta é uma pergunta à qual nunca me vão responder, mas que eu acho que sei a resposta!
Continuando...
Mesmo sem picadas ao trolling, fundeamos no nosso quintal e lá sairam 3 piexes já de tamanho razoável quase de seguida e depois... nada!
Passado um bocado lá vieram as nossas amigas gaivinas avisar-nos que estavamos ligeiramente ao lado. Levantamos o ferro e fomos sem dar muito estrilho, dar a poitada 100 metros acima, deixando o cabo correr para o ponto.
E assim lá a coisa se começou a compor e começaram a sair espaçadamente, uns peixinhos jeitosos.
Com a maré já a parar de correr e o sol a preparar-se para ir dormir, demos por terminada a jornada que acabou por ser proveitosa.
Como eu costumo dizer: “Isto não é como começa, mas sim como acaba!”




Até à proxima!