segunda-feira, 26 de junho de 2017

AÇORES - FLORES "Fishing Safari"




Que dizer quando as palavras não chegam???

Talvez as imagens ajudem...
...ou não!

...Nada disso consegue explicar as gargalhadas..., 
o cheiro do mar..., 
o vento na cara..., 
os balanços do barco..., 
os sabores dos petiscos..., 
as noites mal dormidas..., 
as roupas a tresandar a peixe no fim da jornada..., 
as bolhas nos dedos e os cortes nas mãos..., 
a cara do parceiro do lado quando um grande lírio parte uma cana de jigging como se de um palito se tratasse... 
o cansaço das lutas...
etc...

...e mais importante de tudo, as amizades que se criam e fortalecem e o espírito de camaradagem vivido nesta semana, para recordar para sempre.

Vou tentar passar um bocadinho do que foi esta aventura:


- A QUADRILHA -


4 amigos, de início, pouco mais que conhecidos (alguns), juntaram-se com o objectivo de passar uns dias na Ilha das Flores - Açores , essencialmente para pescar e tudo o resto que vem por acréscimo

São eles:

Joaquim "El Talibã" Malaquias

Rui "La Mariquita" Silva a.k.a. "O nosso menino"

Orlando "El Cagón" Bento

E por fim, "the last but not least", importado directamente da Roménia...
Sorel "El Gitanito Loco" Tintila

Várias vezes vencedor do "Palhacinho de Ouro" do circo de Monte Carlo


- A VIAGEM -


Não lembra a ninguém marcar um voo às 6 e tal da manhã, o que obrigava a estar no aeroporto às 4:30 da manhã para o check-in e para despachar a bagagem fora de formato, etc...






Será que ia a sonhar com a pesca ou com a menina atrás dele?

Duas escalas depois (Ponta Delgada e Horta) e eis que chegámos a tempo de nos instalarmos e ir almoçar com os ouvidos a estalar.


- ZAGAIAFLORES -


Se o destino é as Flores e o objectivo é ir à pesca, então não há que enganar...


Fomos recebidos como amigos, pelo Sr. Vasco Avelar e respectiva família, que nos fizeram sentir em casa, sempre com uma simpatia a toda a prova.

https://www.facebook.com/zagaiaflores/

http://www.zagaiaflores.pt/




Começam os treinos para os grandes exemplares...

O "ALAGOA", a terrível máquina de pescar.
Um espaçoso San Remo  750 Sport, com dois motores outboard de 100 cv cada e equipado com toda a electrónica e restante equipamento necessário para sair em busca dos monstros das profundezas.
Um espetáculo!



- A ILHA -


Durante os primeiros dias da nossa estadia, o tempo não quis colaborar com a pesca.
Havia vento, alguma chuva e o mar mais bruto do que seria desejável para a pesca.

Embora não fosse o ideal, porque nós queriamos era pescar, nem tudo foi mau.
Pudemos conhecer a ilha de uma ponta à outra (o que não é difícil, devido à sua reduzida dimensão)

A Natureza em estado quase puro. O contraste do azul do mar, o negro das rochas e o omnipresente verde, rasgados constantemente por cascatas altíssimas, criam paisagens de cortar a respiração.

A beleza natural desta ilha é realmente incrível!!

Como é lógico, a palhaçada também não faltou nestas investidas em terra.

 O Sorel a ser comido por um cachalote
Este musgo tem mais de meio metro de profundidade.
É o sonho de qualquer "Fazedor de Presépios"

O "Abominável Homem das Flores"













 Atenção: Se já estiverem 5 pessoas em pé, é favor entrar de gatas!

















As bonitas mas extremamente venenosas Caravelas Portuguêsas eram omnipresentes neste mar florentino





- PETISCOS -


Já dizia o meu avô que quem não presta para comer, não presta para trabalhar.

Só posso dizer que não precisam de ter pena de nós!









- A PESCA -


Para quem gosta de canas vergadas, aqui é o paraíso!

Embora ao que parece, este ano não tenha sido o melhor em termos de peixe, deu para fazer o gosto ao dedo e apanhar alguns troféus para mais tarde recordar.

Os troféus mais cobiçados são sempre os grandes pelágicos (Lírios, Enxaréus, Atuns, Grandes Anchovas, Dourados, etc...), devido à sua potência e luta brutal que proporcionam.
A água a uns frescos 17 ou 18ºC, fez com que os pelágicos ainda não tivessem abeirado das ilhas como era nosso desejo.

Ainda apareceram 2 lírios de bom tamanho e houve mais 2 ou 3 juvenis a marcar presença, mas o que pôs a adrenalina no "red line" a todos, foi quando um grande Lírio atacou a zagaia do Sorel com tamanha violência que no momento imediatamente a seguir à ferragem, lhe partiu a cana como se fosse um palito de fósforo, sem dar qualquer hipótese de fazer, fosse o que fosse.
...o mais giro foi a cara dele!

Mas como quem não tem cão, pesca com gato, vingámo-nos nos Meros (na sua grande maioria libertados), alguns pargos, uma ou outra bicuda, cavalas, garoupas, etc...

No último dia, já a meio da tarde e antes de darmos a jornada por terminada, ...e porque o cabedal já não dava para mais... ainda deu para fazer uma brincadeira com carretos eléctricos a 400mts de profundidade que renderam 4 chernes, um "ranhoso" e alguns gorazes pequenos, também eles, quase todos libertados.

 O meu único Lírio, pescado ao spinning, de terra, com um vinil.
Para o tamanho, deu uma luta porreira! 
 Até os sargos daqui têm a mania que são maus e mandam-se às zagaias
 Fosse lá o que fosse que fez este serviço, devia ser pequenino e com umas dentuças meiguinhas.
Cortar uma cavala com mais de 1 kg numa dentada, não é para todos.














Em cima, um "Ranhoso" (...não é o do lenço, é o peixe!) 
 "El Cagón" o especialista em peixes esquisitos com mais uma espécie pouco comum: um Badejo








 Ilhéu do Monchique, o ponto mais ocidental da Europa, frente à Fajã Grande, ilha das Flores





KO técnico. Só uma sestazinha para recuperar.
 Acabou-se a pesca! 
Vamos embora tomar banho e fazer as malas que amanhã estamos de volta ao continente.


Até já, ilha do Corvo


- HORTA - FAIAL -


A viagem de volta ao continente, obrigou-nos a uma escala de mais de 5 horas na cidade da Horta, Faial.


...e ainda por cima calhou mesmo à hora de almoço!
Que chatice!!!


Lá tivemos que ir almoçar divinalmente no restaurante "Atlético"


Lobo do mar que se preze, não pode passar no Faial sem visitar o Porto da Horta e o emblemático Peter's




 O verdadiro e único "PETER'S"
Quantas aventuras de marinheiros, pescadores, baleeiros, piratas e monstros marinhos se contaram debaixo destas bandeiras, regadas por rios de Gin, Rum ou Cerveja??
... nem todas elas necessáriamente verdadeiras!

Tivemos ainda o prazer da companhia do amigo Luis Rodrigues da "FAIAL TERRA-MAR"
para beber um copo e falar de pesca e mar.
...que mais se pode fazer no "Peter's"?



Daqui para a frente, não interessa!

De volta ao aeroporto, apanhar o pássaro para Lisboa.

...o resto são as memórias de quem lá esteve!

Obrigado meus amigos pela vossa companhia e camaradagem nesta aventura, a repetir assim que possível, aqui ou noutro lugar, mas com o mesmo espírito.

Até já...

3 comentários:

  1. Belo relato amigo Joaquim.Esta é daquelas viagens que deixa qualquer um com agua na boca e com vontade de ir aí fazer o gosto ao dedo com essas bestas.
    Lá tenho de pensar numa investida dessas um dia destes;)

    Abraço

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    1. Boas Fábio,
      Pois é! É daquelas coisas que todo o pescador devia fazer pelo menos uma vez na vida.
      O problema é que antes de acabar a viagem, já estás a pensar na próxima!
      Um abraço

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  2. Já no ano passado apanharam uns bons peixes! Este ano, também foi bom pelos vistos!
    O Orlando Miguel a fazer uns peixes estranhos e o Sorel, a fazer o basqueiro do costume!:):):)
    Ainda bem que tudo correu bem!
    Abraços,
    José Carlos Oliveira

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