O tempo não tem andado nada amigo de pescas, e de pescas embarcadas muito menos.
Vento e chuva não tem permitido as habituais jornadas no Tejo a bordo do "XÔC".
Mas sabendo que o rio começa a estar "on fire", com capturas de "burras" (leia-se corvinas) de tamanho respeitável a serem cada vez mais frequentes, resolvemos ir experimentar de margem para matar o vício e tentar enganar alguma madame que por lá andasse.
Chegados ao local escolhido, e enquanto o Rui montava a tralha, um "achado" que mostrava que estavamos no sítio certo
Escamas com mais de 4 cm, bastante maiores que uma moeda de 2€, testemunhavam o que se tinha passado ali algum tempo antes.
Animados pela descoberta fomos batendo a zona com amostras de vinil, a trabalhar junto ao fundo ou a meia água sempre na esperança que o ataque se desse.
Um pouco mais à frente demos com um cardume de tainhas que constantemente saltavam e fugiam assustadas.
Começei logo a sentir aquele nervoso miudinho. Era mais que certo que ali por baixo andava arguma coisa que as assustava e provocava aquele alvoroço.
Cheguei mesmo a assistir a 2 ataques junto à superfície que me fizeram agarrar a cana com um pouco mais de força não fosse o diabo tecê-las....
Ali estivemos durante umas 2 horas, a assistir aquele espectáculos, sempre na esperança que, o que quer que fosse que lá andava, achasse que as nossas amostras eram presas mais fáceis do que as esquivas tainhas.
Não aconteceu!...
Já de volta para o carro e enquanto eu trocava dois dedos de converda com um outro pescador de boia que por ali andava, o "nosso menino" desgradou a noite com a captura de um "Tamboril do Rio", tambem conhecido por Charroco ;)
Por ser pequeno e ser "filho único" voltou para a água para ir dizer às corvinas que aquelas pastinhas elásticas às cores que lá andam a nadar, afinal só picam um bocadinho na boca e depois volta-se para a água!
Pode ser que elas acreditem...
Ainda não foi desta...