Aqui vai:
Chegou finalmente o "tal" fim de semana prolongado, combinado já há bastante tempo.
Eu e o Marco Cruz fomos passar uns dias a Odeceixe.
O Quim da (extinta) loja "Pesca Vicentina" arranjou-nos uma casa para ficarmos a um preço simpático e lá fomos nós, de armas e bagagens a caminho daquela terra de ninguem entre o alentejo e o algarve.
Uma série de azares condicionaram os nossos planos de infindáveis pescarias e tivemos mesmo que cancelar a carrinha frigorífica que tinhamos alugado para levar o peixe para casa
Primeiro foi uma queda logo na 1ª pescaria que poderia ter sido mais grave mas graças a Deus foi só um susto, mas condicionou-me para o resto dos dias.
Depois foi o tempo que não ajudou, com vento e chuva.
...e como se não bastasse, o nosso anfitrião e guia de pesca deu um "jeito" nas costas e andou preso por arames quase sem se poder mexer.
Devido a tudo isto pesca foi muito pouca, resumiu-se a 3 bocadinhos entre spinning e "chumbadinha" só para matar o vício.
Apesar disso deu para conhecer um pouco melhor a zona e para a próxima já vamos com a lição estudada para atacar com força! Nessa altura arranjamos 2 carrinhas frigoríficas!
Segue-se um pequeno relato fotográfico:
Dia "0" - 4ª Feira
"A Chegada"
"A Chegada"
Chegamos na 4ª feira ao fim da tarde, fomos comer qualquer coisa, dar uma volta pelas redondezas.
Como recepção de boas vindas, tivemos o prazer de ir assistir a um ensaio dos "GARLIK", com direito a umas cervejolas, matraquilhos e artista convidado e tudo!
Quim em acção
Novo membro honorário dos Garlik
O segurança da banda
Vídeos do ensaio, grande pinta!
Dia "1" - 5ª Feira
"Um azar nunca vem só"
"Um azar nunca vem só"
Alvorada às 6 da matina e siga para a foz do rio para ver dos robalos
Vista do rio a partir da casa onde ficamos com odeceixe ao fundo
A foz do rio
Aqui começou a desgraça...
Ao chegarmos à praia a maré estava vazia e começamos por ir pescar para o lado do mar para as pedras que se podem ver na 2ª foto à direita.
O mar parecia de feição, com pouca ondulação e alguma espuma à volta das pedras
1º Lançamento e eis que vinda do "nada" uma onda rebenta violentamente a 2 ou 3 metros de mim e me "ceifa" completamente os pés, atirando-me ao chão com violência.
Meti o braço à frente para amparar a queda, mas fez estrago e não foi pouco!
Numa fracção de segundo passaram-me várias coisa pela cabeça:
1ª - "parti o braço" (tal era a dôr)
2ª - "parti esta m**** toda!" (cana, carreto, etc... que estavam na mão do lado da porrada)
3ª - "...ai que vou de água abaixo!" (porque nesta altura a escoa ainda me arrastou e por pouco não fui parar dentro de água)
... consegui levantar-me logo e saí daquele sitio onde passado uns segundos outra onda identica varria a pedra com igual violencia.
A muito custo e com a ajuda do Marco lá consegui tirar o casaco e a luva e ver que o cotovelo sangrava com abundância. ...mas estava ali para pescar e não era por isso que não o ia fazer! (Há gajos teimosos!!!)
Um bocado de água salgada para lavar a ferida, voltei a vestir o impermeável (que inexplicavelmente não se rasgou) e siga a pesca! Afinal o braço estava ferido, doía mas ainda cá estava!
Como os enchios se apresentavam perigosos viemos mais para o lado do rio e com a maré a encher, apanhei um robalote pequeno sem medida que foi devolvido, e nos fez pensar que com a água a entrar, poderia dar uns peixitos.
Mas foi falso alarme e não saiu mais nada.
Demos a pesca por terminada porque já eram horas de almoçar e ir tratar do braço que com o tempo e os lançamentos me doía cada vez mais.
Fomos ter com o Quim e deparamos com o homem quase entrevado e em grande sofrimento, porque tinha dado um jeito às costas a pegar num kayak.
Afinal um mal nunca vem só!
Ajudamos a metê-lo no carro da então namorada, agora esposa, Filipa e lá foi ele de charola para Odemira levar uma injecção nas "nalgas" para as dores.
Já que não podia pescar com o braço assim, aproveitamos a tarde para dar uma volta pelos lados de aljezur, ver uns possíveis pesqueiros e tirar umas fotos
Praia do Vale dos Homens
Arrifana
À noite ainda fomos a Odemira beber um café com uns amigos e pôr a conversa de pescador em dia.
Dia "2" - 6ª Feira
"Bogas e Medronho"
"Bogas e Medronho"
A noite de sono fez bem ao braço e já ia ser possível pescar.
Tomamos o pequeno almoço e fomos um pouco para norte, para a "azenha do mar" entre Odeceixe e a Zambujeira
Sessão de Spinning e..... GRADE!
A seguir resolvemos trocar as canas de spinning pelas de boia e fazer uma chumbadinha!
Aí SIM!!!
Maravilhosas capturas!
Mesmo sem engodo as bogas eram mais que muitas e já que não havia mais nada resolvemos fazer uma competição a contar para a imperial!
Cervejinha paga alegremente pelo Marco que levou um tareão!!!
Não há fotos das bogas porque eu não gosto delas!!!
De volta a Odeceixe o Marco tentava tudo para apanhar um peixe!
À noite fomos petiscar a uma taberna, daquelas mesmo típicas, perdida no meio da serra e o menú foi qualquer coisa do tipo:
Presunto caseiro
Chouriço assado
Vinho tinto
Bolo do tacho (especialidade da zona, muito fixe!!!)
medronho...
medronho...
medronho....
...ñ sei se já tinha dito medronho???
Voltamos para Odeceixe e a noite ainda era uma criança. e para afogar as mágoas das grades...
...medronho...
...umas cervejolas
...medronho...
...repete...
...insiste...
...insiste...
...etc...
atenção que os olhos pequeninos é do flash
O Amor é LINDO!!!
Marco, o Terror do Medronho!!!
Aqui, já na fase seguinte: Medronho, o Terror do Marco
Dia 3 - Sábado
"Chuva, Chuva, Chuva... e mais CHUVA!!!
"Chuva, Chuva, Chuva... e mais CHUVA!!!
No sábado tivemos chuva o dia todo!
Mas mesmo assim não foi mau, já estava combinado irmos para Lagos para casa do meu grande amigo Lino, para a almoçarada...
...que se prolongou até à jantarada! ...como é costume com esta gente marafada!
Dia 4 - Domingo
"O Regresso"
"O Regresso"
Pequeno almoço, dois dedos de conversa e vamos até à foz do rio fazer mais uns lançamentos.
A fezada era grande de fazer um peixinho de jeito antes de vir embora.
Lances atrás de lances e nada!
Vimos algumas perseguições de "putos" atrevidos quase do tamanho da amostra mas que não ferravam.
Eu ainda tive um toque de um peixe maiorzito mas que não ferrou (eu e o Quim ainda vimos o peixe a ir embora)
Estava feita mais uma grade, mas antes disso ainda houve tempo para utilizar uma peça de equipamento raríssima, que só se encontra por estas bandas.
O Safa-Amostras - Modelo Alentejano
Estava passado o fim de semana e eram horas de vir embora.
Uns dias bem passados, embora com alguns azares pelo caminho e a gradar fortemente! (mas isso já é hábito!)
Obrigado meus AMIGOS por estes dias. Sem dúvida uma receita a repetir! ...mas para a próxima esperemos que com peixe!
Grande safari esse ai nos Alentejos, pena o peixe não ter aparecido mas o convívio foi mais que muito.
ResponderEliminarAinda a semana passado andei em trabalho por essas bandas de Aljezur e tive de provar dessa agua do castelo caseirinha que por ai se bebe, muito boa por sinal, no fim é que é pior!!!!
Abraços e boas pescas se possivel.